Governo quer aumentar as vagas nos cursos com maior procura! Até mesmo para Medicina.

Francisco Oliveira
Editor Inspiring Future
15 julho 2020

Numa notícia avançada pelo Público, o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, diz que o aumento do número de lugares disponíveis nos cursos com maior procura é uma oportunidade favorável, sobretudo para Medicina.

 

O último despacho lançado referente a esta questão, prevê que os cursos que tenham como nota de referência os alunos de excelência – com notas de candidatura iguais ou superior a 17 valores – aumentem as suas vagas entre 15 a 20% do disponibilizado atualmente.

 

No caso específico de Medicina, permite que seja até um máximo de 15%, até mesmo para as Universidades do Porto e de Lisboa – se te recordas, estas instituições estavam obrigadas a reduzir o número de vagas em 10% todos os anos sobre a alçada do programa de descentralização do Governo.

 

“Queremos ter mais jovens que querem estudar Medicina e, portanto, é algo que nos deve encher de orgulho e de ambição para podermos alargar em Portugal o ensino das ciências biomédicas”, foi o que disse Manuel Heitor, aos jornalistas.

 

Segundo o avançado pelo Observador, o Conselho de Escolas Médicas Portuguesas, CEMP, opôs-se a este despacho argumentando que a qualidade do ensino vai diminuir com estas vagas extra.

Segundo o CEMP, as faculdades de Medicina há muito que esgotaram a sua capacidade e têm atualmente falta de espaços e recursos humanos que permitam garantir uma boa proporção aluno/professor.

 

O próprio Ministro indicou não compreender o porquê das Faculdades e do CEMP não quererem abrir vagas para estudantes nacionais quando mostraram interesse para o fazer com os internacionais.

A Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, representada pelo seu diretor, é uma das faculdades que divulgou abertamente este interesse de abrir vagas para internacionais, mas não para nacionais.

 

 

No dia 7 de agosto, o 1º dia de candidatura, saberemos se realmente vão existir mais vagas ou não, uma vez que esta decisão ficou do lado das Instituições de Ensino Superior, independentemente, de ser para o curso de Medicina ou não.