Estudantes que trabalhem vão passar a pagar menos de IRS

Luís Alves Vicente
Editor Inspiring Future
18 outubro 2017
 
Os estudantes que decidirem trabalhar durante o período em que estão matriculados numa instituição de ensino secundário, de pós secundário não-superior ou de superior vão passar a ter de pagar 10% de IRS, uma descida face aos 14,5% agora em vigor. A medida também se aplica a trabalhos esporádicos durante as férias férias porque as atividades relacionadas com o espetáculo e outras áreas culturais entram também nas contas.
 
Segundo o Jornal ECO, pode-se ler no documento preliminar do Orçamento de Estado para 2018 (é um dos items de governação mais importantes, pois é basicamente um mapa onde o Governo explica onde e quanto dinheiro vai gastar, ou prevê, pelo menos, sabe mais aqui.) que "estão sujeitos a retenção na fonte a título definitivo, à taxa de 10%, as importâncias auferidas ao abrigo do contrato de trabalho por estudante dependente matriculado no ensino secundário, no ensino pós-secundário não superior e no ensino superior, incluindo as auferidas por menor em espetáculo ou outra atividade de natureza cultural, durante as férias escolares, até ao limite anual de 5 vezes o IAS.”
 
 
Percebeste alguma coisa? Basicamente estamos a corroborar (podemos escrever esta palavra?) o que está escrito no primeiro parágrafo, para saberes que não estamos a inventar. Quanto ao limite de 5 vezes do IAS - Indexante de Apoio Social, o valor ali representado é 2 016 euros. Ou seja, tens de reter, isto é, dar ao Estado, 10% do que ganhares nas férias de verão, num limite até 2 016 euros. Se fizeres mais do que esse valor, isso já fica todo para ti. O valor anterior era de 14,5%, o que significa que terás de dar ao Estado uma parte menor do que até agora.
 
Também vai ser possível poder fazer isto em conjunto com os teus pais, pois vai ser possível englobar essas retenções do IRS do agregado familiar.
 
Nota do autor: Para mais explicações sobre estes temas fiscais que parece que fazem de propósito para não os entendermos, vai a uma repartição das finanças. Uma vez fui lá e saí muito esclarecido, com as dúvidas dissipadas. E mais: achava que ia ser um atendimento nada personalizado mas bem me enganei! Ajudaram-me imenso, portanto tenta a tua sorte!!