Uma visão do mercado de trabalho: O que importa fazer já no Ensino Superior

Redatora com Futuro
4 março 2020

Estamos em 2020 e este será o ano em que entrarás na universidade. O 12º já esteve mais longe de estar no fim, e a ansiedade começa a atacar, a necessidade de tirar boas notas nos exames não te sai da mente, e a grande escolha do próximo passo aproxima-se.

A procura pelo curso certo começa e muitos alunos procuram por um que tenha grande saída no mercado de trabalho. Porém, muitos de nós nem sabem bem o que é o mercado de trabalho, os seus requisitos e como se adaptar a ele. Se tenho todas as respostas? Não, o mercado de trabalho e os seus requisitos estão constantemente em mudança, o tempo não para, e as alterações acompanham-no, mas, o que é certo é que já não basta o canudo na mão.

Cada vez mais, mesmo que achemos o contrário, somos incentivados a seguir o que gostamos com a possibilidade e nos destacarmos não só pelas notas, mas por atividades fora da faculdade, por experiência na área adquirida por workshops, voluntariado, part-times, estágios e outros. Deter ou desenvolver softskills, características que são atraentes a empregadores e que podemos adquirir ao longo da nossa vida académica, é cada vez mais um fator importante para nos destacarmos no mercado de trabalho.

A visão do mercado de trabalho que já muitos tiveram, do chefe rabugento, que olha para as vossas notas e decide o vosso destino por aí e pela instituição, é cada vez mais ultrapassada, evoluindo a diversos níveis.

O aparecimento de novas profissões e formas de trabalhar é cada vez maior, com os impactos que a internet e tecnologias sempre em progresso. Não há que ter medo de explorar e arriscar em seguir novas coisas que podem realmente ser interessantes e basicamente “a nossa cara”. Aqui surge a típica frase “Arranjas emprego se fores bom no que fazes”, com a contradição do pai e da mãe que um certo curso é que dá um ótimo futuro e ficamos ali um pouco confusos. Todavia tenho de admitir que a frase clichê pode ser verdade, desde que façamos pelo que queremos, com esforço, procura por experiência e disponibilidade para uma aprendizagem constante.

Hoje chegamos a uma entrevista, acabados de sair da licenciatura e já nos pedem experiência, mas que experiência podemos ter nós? Ora workshops, voluntariado, envolvimento part-time em projetos, como já tinha referido, as tais softskills adquiridas em atividades fora da faculdade, conta e não tem de ser necessariamente uma coisa chata, maior parte das vezes podemos escolher o que é melhor para nós, basta procurar.

Muitos colocam o problema do tempo, mas acreditem que a partir do momento em que tiverem uma agenda preenchida vão aprender a gerir melhor o vosso tempo e a encaixar tudo muito bem. Ora abrem a agenda, olham para os dias: Bem... hoje há festa na faculdade, amanhã têm de escrever para o site tal, no outro dia têm uma ação de voluntariado... 

E vão organizando o vosso tempo que terá sempre buracos que poderão tapar, nem que seja com descanso. É claro que às vezes (muitas vezes) terão de fazer escolhas, mas será algo que também vos fará crescer e tornar-vos-á melhores profissionais e mais orientados no futuro, quem sabe?

A aprendizagem não está só na universidade, por vezes temos de sair um pouco desse meio, experimentar coisas novas, ganhar experiência, sempre sem prejudicar os estudos. Não deixem o “bichinho” que vos atormenta do mercado de trabalho, que vive dentro de nós e que vai crescendo ao longo da licenciatura, fazer-vos duvidar de que podem ter um brilhante futuro naquilo de que gostam.

O primeiro ano é sempre um ano de adaptação, e não se espera que entrem logo em diversas atividades, às vezes não é necessário procurar muito, as oportunidades vão aparecendo. Os anos de licenciatura são de aproveitar, e está nas tuas mãos fazeres por isso!