CTeSP no IPS: Para quem tem pressa de pôr as mãos na massa

23 julho 2021

Do ensino de caráter essencialmente prático à garantia de estágio, passando pela possibilidade de prosseguir estudos para licenciatura, sem ter que realizar os exames nacionais. São várias as razões para querer ingressar num Curso Técnico Superior Profissional (CTeSP), como contam estes quatro diplomados do Politécnico de Setúbal (IPS).

 

 

“Uma experiência completa de aprendizagem”

CTeSP em Produção Audiovisual

 

Chegou a ser colocado numa licenciatura, mas cedo percebeu que não era esse o caminho. Familiarizado com o universo do audiovisual por influência do pai e apaixonado pelo cinema, decidiu amadurecer a sua decisão num gap year. Logo depois, foi surpreendido com a abertura de um CTeSP em Produção Audiovisual no IPS. “Os CTeSP eram uma nova modalidade, da qual nunca tinha sequer ouvido falar, mas para mim era perfeito e decidi então inscrever-me. Mal sabia eu que esta escolha ia mudar a minha vida por completo”, confessa João Pereira, hoje detentor do seu próprio negócio na área.

“Uma experiência completa de aprendizagem”. Em poucas palavras, é assim que o realizador e produtor resume a sua passagem de dois anos pela Escola Superior de Educação (ESE/IPS), como estreante deste novo tipo de formação superior, criado em 2015 e que tem vindo a multiplicar candidatos.

“É um curso bastante prático, cujo objetivo é preparar os estudantes para o mundo real, sem rodeios. Mesmo já conhecendo muitas bases, pude experimentar coisas incríveis e estar em pleno contacto com o equipamento. Isso permite-nos criar o que quisermos, nunca descurando os fundamentos teóricos”, descreve, destacando também o estágio “numa das principais estações de televisão em Portugal”.

Por tudo isto, o João não pode deixar de recomendar esta opção “a todos aqueles que queiram uma formação completa, num curto espaço de tempo, que os prepare para enfrentar qualquer etapa de um projeto audiovisual, de A a Z”. O seu percurso fala por si: uma carteira de clientes “repleta” e muitos projetos dos quais se orgulha, alguns deles premiados. A licenciatura ainda está nos planos, mas terá que esperar pela “hora certa”.

 

Uma curva de aprendizagem “mais fácil”

CTeSP em Automação, Robótica e Controlo Industrial

 

Se, hoje, é engenheiro de Automação, Controlo e Instrumentação, Miguel Guerra bem pode agradecê-lo a um colega do secundário, que o desafiou a ingressar no CTeSP em Automação, Robótica e Controlo Industrial para que continuassem os estudos juntos.

 

Além da dispensa dos exames nacionais e do estágio garantido em contexto real de trabalho (um semestre), a possibilidade de continuar estudos para licenciatura é outra das vantagens oferecidas pelos CTeSP e o Miguel soube tirar partido disso ao escolher efetuar toda a sua formação superior na Escola Superior de Tecnologia de Setúbal (ESTSetúbal/IPS).

 

Trabalha, atualmente, como supervisor de manutenção elétrica numa fábrica, e quando olha para trás considera que estes dois primeiros anos de estudo, “além de tornar a curva de aprendizagem mais fácil, permitiram-me ter os básicos mais apurados antes de ir aos pormenores, como é o caso dos conhecimentos matemáticos e teóricos envolvidos nas soluções usadas atualmente”.

 

Ao longo do percurso académico que fez na ESTSetúbal/IPS, teve também oportunidade de estar envolvido no projeto da Oficina Lu Ban Portuguesa [na foto, durante a inauguração], que arrancou em 2018 como laboratório de robótica industrial, no âmbito de uma parceria com o Governo da província chinesa de Tianjin.

 

Uma vez no mercado de trabalho, o acumulado de experiências representa uma vantagem única, que destaca. “Sabemos como várias áreas se interligam, fazendo de nós peças essenciais em qualquer indústria”. Por isso, aconselha esta via a todos o que tenham interesse em trabalhar num ambiente industrial, mas que não sabem ainda se estão preparados para embarcar numa licenciatura.

 

 

Entrada imediata no mercado de trabalho

CTeSP em Tecnologias de Laboratório Químico e Biológico

 

Sofia Raposo representa, talvez, o perfil típico do candidato a CTeSP. Porque não se sentia identificada com nenhuma das áreas do ensino secundário regular, fez o curso profissional de Química na Escola Tecnológica do Litoral Alentejano (ETLA) e viu nesta via de ingresso, “sem ter que fazer os exames nacionais”, a oportunidade de prosseguir estudos antes de se estrear como profissional.

 

Escolheu a Escola Superior de Tecnologia do Barreiro (ESTBarreiro/IPS) e diz ter encontrado um curso à sua medida, na área das Tecnologias de Laboratório Químico e Biológico. “Muito prático e muito técnico, preparou-me para entrar no mercado de trabalho logo de imediato”.

 

No final da formação com estágio incluído, teve entrada direta para o 2º ano da Licenciatura em Biotecnologia na mesma escola, mas não chegou a concluir. O seu perfil prático, a urgência de pôr as mãos na massa, levou-a a ingressar num laboratório de análise de águas, onde ainda se encontra como técnica e a dar bom uso ao que aprendeu. “A formação que recebi foi mesmo muito importante, apliquei muitas das matérias e atividades laboratoriais elaboradas no decorrer do CTeSP”, reconhece.

 

O conselho da Sofia é, claro, muito pragmático e direto, tal como ela: “Para quem quer trabalhar mais rapidamente, mas com a formação devida”, os CTeSP são, sem dúvida, o caminho certo.

 

 

Ensino mais focado na “aplicação dos conhecimentos”

CTeSP em Assessoria de Gestão

Quando ingressou no CTeSP em Assessoria de Gestão, na Escola Superior de Ciências Empresariais (ESCE/IPS), Tiago Pratas já sabia ao que ia. Depois de, anteriormente, ter frequentado um curso de Gestão, esta foi a forma que encontrou de reingressar no ensino superior e de “entrar no mercado de trabalho rapidamente”.

 

No curso, que “englobava imensas áreas”, não só aprofundou conhecimentos de Gestão, como também se deparou com outra das suas áreas de interesse, a Logística. Hoje é técnico de planeamento e project leader junior na empresa onde realizou o estágio curricular, a Rangel, que é o principal parceiro logístico da Volkswagen Autoeuropa.

 

“Tive a possibilidade de realizar trabalhos em diferentes áreas – gestão de projetos, IT, Helpdesk, manutenção e operação - o que me permitiu conhecer várias pessoas e obter conhecimento sobre diversos temas. Foi também uma ótima oportunidade de demonstrar o meu trabalho e empenho, o que terá proporcionado a oportunidade de continuar na empresa”, lembra.

 

Um “estágio de considerável duração”, assim como um ensino mais focado na “aplicação dos conhecimentos obtidos” são as grandes vantagens que identifica no curso que frequentou e que recomenda, sem hesitar, para vários perfis de candidatos. Dos que não estão ainda preparados para aceder a uma licenciatura aos que ainda não se decidiram quanto ao curso certo, passando ainda pelos que “querem entrar rápido no mercado de trabalho com um curso que possibilita um bom trabalho”.

 

E tu, queres começar já a pôr as mãos na massa?

 

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