Mudei de curso e, se precisasse, mudava 1000 vezes!

Redatora com Futuro
18 fevereiro 2022

Os exames, não tarda nada, estão aí à porta e segue-se a candidatura para o Ensino Superior. Mas calma, a faculdade não é um bicho de 7 cabeças!

Falando um pouco da minha experiência, fui uma das centenas de pessoas que tiveram de abandonar a sua cidade e começar a procurar casa. Confesso que não foi fácil ao princípio, mas após imensa pesquisa em grupos do Facebook consegui.

 

Resumindo: Entrei no curso que queria e no sítio que queria. Estava mais feliz do que nunca.

 

A primeira semana foi a chamada “semana de receção”, conheci imensa gente e experimentei a praxe, e adorei. Com isto, não estou a dizer que tu vais amar a praxe como eu, não somos todos iguais, no entanto experimentar não custa! Esse é o primeiro conselho que te dou.

 

No entanto, apesar de até agora tudo parecer que está a correr bem, passado um mês percebi que afinal aquele não era bem o curso que eu queria (irónico, não é?).

Entrei em pânico, mas pensei “Eu não vou desistir já, pode ser que eu acabe por gostar”. Mas não foi o caso.

Portanto, conselho número 2: Se entrares no curso que queres e acabares por não gostar, tens 2 vertentes possíveis.

Ou dás-lhe uma oportunidade porque eventualmente podes acabar por gostar e afinal só não gostavas muito do teu professor de Inglês II, ou então desiste.

 

Desistir não é para os fracos, sobretudo quando não o fazer implica continuares em algo que não gostas. Não tires um curso que não gostas nem o faças porque os teus pais querem, a decisão é tua!

Portanto, o que é que eu fiz? Exato, desisti.

 

Continuei na faculdade (a laurear, um pouco, a pevide) e no final do 2º semestre fiz um monte de cadeiras por exame (atenção, se tiveres a bolsa no 1º ano e quiseres mudar de curso, mas continuar a usufruir dela tens de fazer mais de 36 ECTS, no mínimo).

No ano seguinte voltei a candidatar-me ao Ensino Superior.

 

 

Imensos pensamentos como “E se eu não entrar?” ou “E se eu não voltar a gostar do curso” passaram-me pela cabeça. Mas mantive a calma.

Pensamento positivo é fundamental e a palavra “Stressar” já não fazia parte do meu dicionário.

A verdade é que entrei, mas se eu não tivesse gostado tanto do curso voltaria a mudar. Muda as vezes que forem precisas até que seja a decisão acertada para ti!

Infelizmente, ou felizmente, imensas pessoas não chegam a ingressar no ensino superior mal acabam o secundário. E outras nem pensam em concorrer ao Ensino Superior.

Guess what, não há mal nenhum nisso! Não é o fim do mundo. E se alguma vez pareça que é, basta tentares perceber como é que passas “Da frustração à motivação: como sobreviver se não fores colocado!”.

 

Quanto à vida de universitário, é um facto de que vais ter mais independência, vais ter um monte de relatórios para entregar e trabalhos para apresentar (sim, a faculdade não é só festas e roda no ar), vais poder envolver-te em imensas atividades como a Tuna e pode até haver aulas em que não tenhas presença obrigatória. Mas lembra-te que agora és responsável por ti próprio.

Não te descuidares dos estudos é fundamental, e tem atenção também às companhias, como os nossos pais tão bem nos avisam.

 

No final de contas, a minha maior dica para ti é: escolhe o que realmente gostas e não o que os teus pais querem.

Escolhe o Instituto Politécnico, Universidade Púbica ou Privada na cidade que mais desejas. E não tenhas medo nem nunca te arrependas das decisões que tomaste.

A faculdade fez-me viver os melhores anos da minha vida, e tu também os podes ter. Sejam eles dentro, ou fora dela. Não estás sozinho nisto e todos nós passamos, mais ou menos, pelo menos processo.