Escolher por vocação, sem preconceitos

12 julho 2021

O futuro começa com as escolhas que fazemos no presente

 

Há cursos que intimidam, independentemente da sua taxa de empregabilidade ou das oportunidades de crescimento profissional que representam. Os motivos são vários. Uma designação pouco atrativa, a conotação com um “mundo de homens” ou ainda o facto de serem pioneiros, abrindo caminho em áreas por explorar. Mas, tal como demonstram estes diplomados do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), na hora de decidir devemos esquecer preconceitos e seguir a nossa vocação.

 

Engenheiras de coração

Engenharia Mecânica | Engenharia Civil

 

Os setores automóvel e da aeronáutica são considerados mundos maioritariamente masculinos, mas o “bichinho da curiosidade” e a urgência do “saber como” não são exclusivos de um género. Ana Duarte é exemplo disso. Recém-diplomada em Engenharia Mecânica, seguiu uma “paixão” de menina e escolheu a Escola Superior de Tecnologia de Setúbal (ESTSetúbal/IPS), “sem conhecer ninguém que tivesse o mesmo curso, nem do Politécnico de Setúbal”.

 Arriscou e o que viveu revelou-se uma ótima surpresa. Para além dos vários ramos de especialização que o curso oferece (aeronáutica, energia, produção e automóvel) e que permitem diversas saídas profissionais, ela destaca, ainda, a proximidade entre estudantes e professores. Uma mais-valia que diz ter sido fundamental no esclarecimento de dúvidas, na motivação para continuar e no apoio ao desenvolvimento de projetos extracurriculares.

 

Hoje, frequenta o Mestrado em Engenharia de Produção e é assistente convidada na escola que recomenda por vários motivos: “A licenciatura em Engenharia Mecânica alia a teoria à prática, através das aulas em laboratório. Quando saí para estagiar percebi o quanto esta componente prática é importantíssima e uma vantagem no processo de adaptação ao mercado de trabalho”.

No caso de Nara Dias, também foi por vocação que escolheu outro universo onde as mulheres não proliferam. “A Engenharia Civil é a minha paixão desde que me lembro. A minha família conta que decidi ser engenheira civil aos sete anos de idade”. Confessa-se, aliás, fascinada por “tudo o que envolve construção e a possibilidade de materializar algo que está apenas desenhado numa folha de papel”.

 

Quando terminou o 12ª ano, candidatou-se apenas a “escolas que ofereciam o meu tão sonhado curso” e entrou na Escola Superior de Tecnologia do Barreiro (ESTBarreiro/IPS). Da licenciatura e do mestrado, recorda os “excelentes professores, sempre disponíveis e muito próximos dos estudantes” e realça a componente prática nos laboratórios, onde se deslumbrou a “entender a teoria de uma forma quase palpável”.

 

Atualmente, é fiscal e coordenadora de segurança em obra, numa consultora de engenharia. Por tudo o que já conquistou, aconselha este curso a quem “sente vontade de adquirir conhecimentos sólidos sobre o mundo extraordinário da engenharia e da construção”.

 

Pensar e criar fora da caixa

Engenharia Eletrotécnica e de Computadores

Apaixonado pela tecnologia e com maior interesse na aprendizagem prática, João Santos encontrou no IPS a melhor opção. Vindo do ensino profissional, ingressou primeiro no CTeSP em Automação, Robótica e Controlo Industrial, progredindo depois para a Licenciatura em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, na ESTSetúbal/IPS.

 

“Lidei com diversos tipos de tecnologias e metodologias de trabalho que me ajudaram em todo o meu percurso”, lembra, assinalando que, “mais do que isso, este curso deu-me toda a motivação para aprender a trabalhar com tecnologia e uma liberdade para poder pensar e criar fora da caixa”.

 

Exemplo desta capacidade de inovação é o projeto MenuAI, com o qual venceu a etapa regional do Poliempreende, em 2021, concurso inserido na maior rede nacional de promoção do empreendedorismo no ensino superior. Em equipa com Guilherme Tavares, propôs uma solução inovadora que alia a tecnologia aos desafios da gestão de informação e que disputará a final nacional, em setembro.

 

Profissionalmente, lidera um projeto tecnológico para uma empresa de carregadores de veículos elétricos e é também assistente convidado na ESTSetúbal/IPS, inspirando os estudantes a darem vida às suas ideias.

 

“Somos peças essenciais em qualquer indústria”

Engenharia de Automação, Controlo e Instrumentação

 

Onde o comum dos mortais vê apenas um nome complicado, Miguel Guerra, que hoje trabalha como supervisor de manutenção elétrica, conseguiu vislumbrar “um dos poucos cursos com uma panóplia de disciplinas diferentes e essenciais nas indústrias modernas”.

 

É, atualmente, engenheiro de Automação, Controlo e Instrumentação, formado pela ESTSetúbal/IPS, e pode agradecê-lo a um colega do secundário, que o desafiou a ingressar num CTeSP na mesma área de formação para que continuassem os estudos juntos.

 

“Camaradagem com os colegas” e “grandes professores” são as imagens que lhe ocorrem quando recorda os tempos de estudante, além do ensino que aborda diversas áreas tecnológicas, permitindo entrar no mercado de trabalho com uma vantagem única. Ao longo deste curso, revela que “sabemos como várias áreas se interligam, fazendo de nós peças essenciais em qualquer indústria”, sublinhando ainda “o foco nas áreas que estão a evoluir a um ritmo acelerado (automação) e em outras que serão sempre necessárias numa indústria normal (instrumentação)”.

 

Arriscar numa área pioneira

Tecnologias do Petróleo

Em plena transição para as energias renováveis, apostar numa Licenciatura em Tecnologias do Petróleo pode parecer um contrassenso. Para Bruno Pronto essa ideia não podia estar mais errada. Ele concluiu este curso pioneiro em Portugal na ESTBarreiro/IPS e, atualmente, é técnico de produção numa fábrica de biodiesel. Considera-se “bem e feliz” com a sua escolha e incentiva todos os que têm interesse pela área que “sigam o que realmente gostam”.

Foi exatamente isso que fez na altura de decidir o seu caminho no ensino superior, tendo também percebido que “a valorização dos profissionais da área era muito grande”. Na ESTBarreiro/IPS encontrou “condições excelentes”, desde laboratórios bem equipados até ao contacto direto com grandes empresas do ramo, além dos “excelentes professores, muito dedicados”.

 

Nesta licenciatura, é possível optar por uma especialização nos ramos de Refinação ou de Prospeção e Produção do Petróleo e Gás e ficar na linha da frente para responder à crescente necessidade de recursos humanos qualificados nesta área, à escala mundial e em especial nos países de língua oficial portuguesa.

 

Porque fala do que sabe, desfaz receios e explica que “apesar da transição energética, ainda haverá muitos anos de trabalho na área” e que, com tempo, “acabaremos por nos tornar profissionais muito versáteis e capazes de acompanhar” o futuro.

E para ti, qual é a tua vocação?

 

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