As dicas que te podem dar pontos no exame de Geometria Descritiva

19 maio 2023

Andas nervos@ com o exame de Geometria Descritiva? Vamos lá resolver isso com algumas dicas!

 

Dica 1: Os sólidos básicos saem sempre.

Os primeiros sólidos que aprendeste na disciplina de Geometria eram, sem dúvida, os mais simpáticos: não implicavam processos auxiliares, desde que a figura da base estivesse bem construída e as visibilidades/invisibilidades bem vistas, o exercício estava feito.

Ora, é verdade que não te vão pedir (especificamente) para construíres um sólido com base frontal, horizontal ou de perfil, mas estes sólidos continuam a ser dos (senão os) mais importantes.

Estes sólidos serão sempre as bases para os teus exercícios de sombras, secções ou intersecções de retas com sólidos e, pelo menos um deles, aparecerá em algum exercício do exame, de certeza. Para assegurar que ficam perfeitos, talvez seja preciso atenção extra na verificação das visibilidades/invisibilidades: não te esqueças os elementos de maior afastamento, serão os elementos visíveis na projecção frontal e vice-versa.

Portanto, apesar de estas terem sido das primeiras matérias que viste na disciplina e já tanto ter sido dado entretanto, vale a pena teres esses sólidos assegurados. Podes fazer uma sombra ou secção perfeitas, mas se o sólido não estiver correto é como um telhado perfeito numa casa torta: não te valerá de muito.

 

Dica 2: As Intersecções não são um bicho de 7 cabeças.

Para a maioria dos alunos, o calcanhar de Aquiles de Geometria coincide com um exercício quase certo de sair no exame: as temidas Intersecções.

A verdade é que as Intersecções não são um bicho de 7 cabeças e, de certa maneira, até podem ser acessíveis, na medida em que são das poucas matérias na disciplina em que podes seguir uma ‘receita’ dos vários passos do método.

Mas para deixar de ser um pesadelo, a única maneira será praticar vários exercícios, mas sê prático: num primeiro momento, começa por praticar um exercício de cada caso. Determinadas combinações de planos dão sempre o mesmo tipo de reta, portanto faz uma lista de todas as combinações possíveis entre os planos e tenta resolver um exercício de cada. E mesmo que não encontres no teu manual, livro de exercícios ou material de que disponhas, um determinado caso, arbitra os traços de um determinado plano e tenta resolver.

Outro ponto positivo para o estudo dos exercícios de intersecções é que estes exercícios podem ser feitos rapidamente, então num determinado período de tempo podes fazer muitos mais exercícios para treinar, ao contrário de outras matérias em que os exercícios são mais demorados.

 

Dica 3: A axonometria é garantida.

Garantidamente (e geralmente no último exercício) vai-te ser pedida uma axonometria e também, de certeza, será de um sólido ou forma composta por sólidos.

Devido ao seu sistema, são exercícios mais visualizáveis, pelo que poderás ter maior facilidade a interpretá-los e idealizá-los na tua cabeça. Aliás são exercícios em que antes de estarem bem começam por parecer estar bem. Lembra-te que a axonometria é um sistema que existe para simplificar a compreensão dos objetos. Se no fim não os compreendes é porque não estarás a contribuir para esse propósito.

Ainda antes de começares a fazer o exercício, começa por essa interpretação dos dados do enunciado: tenta idealizar e estruturar o teu sólido e passa para a folha de rascunho uma perspectiva do sólido e, se for o caso, as vistas do mesmo que podes usar no desenho.

Esta é a melhor fase para te enganares em algum pormenor e voltares a fazer. Podes demorar alguns minutos nisto, antes de começar o exercício propriamente dito, mas esse tempo será compensado quando tiveres a certeza do sólido que tens de fazer, sem teres de parar para reler o enunciado ou fazer de novo.

No entanto… cuidado com o referencial! A marcação dos eixos é essencial para começares bem.  Os vários sistemas que estudaste diferem nos ângulos entre eixos e em todos os sistemas são facultados ângulos… Excepto na isometria que, visto que são sempre os mesmos ângulos, é esperado que os saibas: 120º em todos. ISOMETRIA = 120METRIA

 

Dica 4: A apresentação também conta

Como uma certa expressão portuguesa diz ‘os olhos também comem’. E em Geometria isso não podia estar mais correto.

Nos critérios de exame, cerca de 2 valores da cotação estão destinados à apresentação e ao rigor dos desenhos. Por isso faz todo o sentido apostar em obter esses pontos (e nem exige estudo extra).

A utilização de lápis/lapiseira com diferentes durezas é bastante prática: utilizarmos uma dureza H ou 2H para os passos do exercício (métodos construtivos, linhas de chamada…) e uma HB para a resposta final permite que chegues ao fim e não seja necessário carregar demasiado os elementos da resposta final.

Teres o compasso apertado e os aristos ou réguas limpos também ajudam a que não haja falhas no teu desenho ou sujidade na folha.

Finalmente, teres cuidado com as convenções do traçado é indispensável: identificar bem os elementos representados com as notações habituais e distintas para ponto (letras maiúsculas), retas (letras minúsculas) e plano (letras do alfabeto grego), essas notações estarem direitas (nada de letras a acompanhar a orientação do traço) e, no máximo possível, essas notações não estarem sobrepostas com linhas de chamada ou elementos construtivos. Exemplos:

Ponto A

Recta r

 

Dica 5: O tempo pode (e deve) ser treinado.

Para qualquer exame de qualquer disciplina, temos a preocupação do tempo e vale a pena treinar essa componente também.

No entanto, para o exame de GD isso é ainda mais importante: apesar do exame parecer ter poucos exercícios, as matérias que, geralmente, saem para ser avaliadas são as mais complexas no que toca a processos, o que faz com que cada exercício tenha vários passos e demore muito tempo.

Isto pode fazer com que, se decides ou tens de repetir algum exercício, poderás não ter tempo para acabar tudo, por isso compensa orientares-te, até para o teu estudo, e usares bem o tempo.

Ao treinares com um exame define, dentro da janela de tempo que tens disponível para o exame, um intervalo de tempo para cada exercício: o exercício de intersecções/paralelismo/perpendicularidade é, geralmente, mais rápido de ficar feito (esse exercício pode ter um intervalo mais curto), os restantes exercícios avalia pelo grau de dificuldade ou até pelo grau de confiança com que estás numa matéria (se ainda não te sentes tão à vontade com uma das matérias em avaliação, dá mais alguns minutos ao exercício em questão).